Desigualdade racial nas universidades: Resultados e desafios A pesquisa do Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (CEDRA) revela que mulheres negras continuam sendo minoria nas universidades em comparação com mulheres brancas. Entre 2016 e 2019, mulheres brancas de 18 a 24 anos eram quase o dobro das mulheres negras que ingressaram no Ensino Superior. Com dados da Pnadc do IBGE, a pesquisa evidencia um aumento leve na quantidade de mulheres negras, de 15,2% para 16,9%, enquanto a de brancas permaneceu estável. O físico Marcelo Tragtenberg defende a eficácia da Lei de Cotas, destacando resultados positivos nos dez anos de existência. Ao cruzar dados da PNAD e do Censo Escolar (2012-2019), a pesquisa revela a diferença de escolaridade entre pessoas negras e brancas. Apesar da redução na diferença entre pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto, a desigualdade persiste. Homens negros apresentam atraso educacional de 40%, superando os brancos em 2012. Entre as mulheres, a redução na desigualdade é perceptível, mas a diferença persiste. A pesquisa destaca a persistência das desigualdades raciais no Brasil, ressaltando a necessidade contínua de políticas educacionais focadas nos estudantes negros.