No encontro da Comissão do G20, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva delineou a agenda para 2024 como o "ano do Brasil interno". Embora o encontro abordasse as responsabilidades do governo no comando do bloco econômico internacional - que o Brasil presidirá a partir de dezembro -, Lula enfatizou a necessidade de foco interno. "Se o ano anterior foi de reconstrução, 2024 é a hora de percorrer o país, dialogar com líderes locais e, acima de tudo, atender às expectativas do povo estabelecidas durante o processo eleitoral", declarou o presidente. Em um apelo aos ministros, Lula destacou a dualidade de suas funções: "Se virar em dois" para priorizar as demandas internas e, ao mesmo tempo, cumprir a responsabilidade de coordenar o G20. "A prioridade é governar o Brasil. Vocês terão que se esforçar mais para atender às necessidades do G20 sem deixar a peteca cair", alertou. Presidir o G20, segundo Lula, representa a maior responsabilidade internacional do Brasil. Em junho, ele estabeleceu a Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência do G20, liderada pelos Ministérios de Relações Exteriores e da Fazenda. Essa equipe decidirá e implementará as agendas do bloco econômico, contando com o apoio da Índia, último presidente do G20, e da África do Sul, sucessora do Brasil em 2025. Até novembro de 2024, o Brasil conduzirá mais de 100 reuniões oficiais do G20, culminando na 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo nos dias 18 e 19 de novembro.